Antenor Santíssimo de Araújo, nascido em 1909 e falecido em 1941.
Considerado um dos maiores sambistas da época de ouro da MPB, os anos 1930. Também era estimado batuqueiro e partideiro. Foi fundador da Escola de Samba Azul e Branco, do morro do Salgueiro, da qual foi diretor de harmonia. Morando no morro do Salgueiro destacou-se também ao defender os moradores locais contra uma ação de despejo impetrada por um italiano que comprou o morro e queria expulsar todo mundo. Em 1938, como representante da Escola de Samba Azul e Branco foi escolhido como "Cidadão samba".
Morreu prematuramente vitimado pela tuberculose. Devido a seu falecimento a Escola de Samba Azul e Branco em sinal de luto não desfilou no carnaval de 1941.
Em 1931, o samba "Eu agora fiquei mal", sua única parceria com Noel Rosa, foi gravado na Parlophon pelo cantor Canuto. Em 1938, a Escola de Samba Azul e Branco desfilou no carnaval com seu samba "Asas do Brasil" homenageando Santos Dumont, composição apontada por muitos como um dos primeiros sambas-enredo. Em 1945, seu samba "Cheque à granel", parceria com Ernani Alvarenga e Paquito foi gravado por Violeta Cavalcânti na Continental.
Em 1974, foi homenageado pelo compositor Geraldo Babão do Salgueiro com o samba "Homenagem a Antenor Gargalhada" cuja letra dizia: "Morava lá no alto do Salgueiro/Antenor Gargalhada, o primeiro/Emérito compositor/Na Azul e Branco ele foi o bamba/Foi um rei no reduto de samba/Hoje exaltamos o seu valor/Suas músicas ninguém esquece/Vamos cantá-las em forma de prece/Deixa eu afinar meu violão/Nega, o que queres de mim/Quem é a Vila para nos acordar/Com ele era sempre assim". Em 1978, no volume 4 da série "História das escolas de samba", da Rio Gráfica e Editora, foi homenageado em todo o lado A do disco que acompanhava o fascículo no qual foram interpretados pelo Coral Samba Livre os sambas "Nega, o que queres de mim", "Amanhecer", "O morro é completo", e "Arrependimento". Desses sambas, "Nega, o que queres de mim" havia sido gravado por Djalma Sabiá e os outros três estavam inéditos até então, sendo que "Arrependimento", só tinha a primeira parte, tendo recebido uma segunda parte do compositor João Melo.
Estão aí as Brazas:
Amanhecer (Antenor Gargalhada)
Arrependimento (Antenor Gargalhada / João Melo)
Nega, o que queres de mim? (Antenor Gargalhada)
O morro é completo (Antenor Gargalhada)
Eu agora fiquei mal (Antenor Gargalhada / Noel Rosa)
Homenagem a Antenor Gargalhada (Geraldo Babão)
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